Sinta-se em casa! Não costumo publicar diariamente, mas só quando sobra um tempinho e tenho inspiração para um tema interessante. Sou perfeccionista e todos os textos são resultados de pesquisas, cujas fontes são sempre informadas. Divirta-se, critique, indique...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

SER OU NÃO SER TURISMÓLOGO

Esta questão atordoa alguns adolescentes e pré universitários desde que o mundo é mundo. Os pais acham que o filho deveria fazer medicina ou direito... até engenharia, mas TURISMO? Os filhos, por sua vez, na ânsia de se verem livres do arbítrio familiar, sonham em viajar pelo mundo, surfar as melhores ondas, conhecer novos lugares, novas culturas e ter lazer unido ao trabalho. SERÁ?
Conheço muitos colegas de profissão que nunca saíram de São Paulo a trabalho e muitos que rodaram o mundo atuando em empresas diversas.
A questão não é poder viajar de graça pelo mundo o resto da vida, mas sim a pré disposição em trabalhar sábados, domingos, feriados e férias escolares; passar a maioria dos natais chorando ao telefone falando com a família e amigos e se divertir trabalhando em festas de Réveillon. Além destes "inconvenientes" o futuro turismólogo tem que ter prazer em atender pessoas, falar um segundo, terceiro ou até quarto idioma e ser sempre um serviçal. Isto mesmo: um serviçal! Mesmo nas mais altas posições hierárquicas das empresas turísticas, seremos os manda-chuvas, mas dos nossos funcionários, porque para os nossos clientes, seremos sempre, nada mais, nada menos do que meros serviçais.
O cliente tem sempre razão, é o que diz o ditado. Mas sempre acrescento umas palavrinhas a mais: até perder a razão! Isto significa que sempre nos depararemos com algum "espírito de porco" - coitado do porco - pelo caminho que vai se utilizar da velha frase, muito habitual no mercado turístico:
- Eu já viajei pelo mundo inteiro e isto nunca me aconteceu!
Ou então a mais globalizada:
- Você sabe com quem está falando, hein?
Mas isto, na minha vida profissional, sempre foi um imenso prazer. Trabalhando cerca de dez anos na hotelaria nacional eu simplesmente amava encontrar hóspedes deste tipo. Meus funcionários já chegavam na minha sala rindo quando um "espírito de porco" queria falar com o gerente. Entre "tapas e beijos" eu acabava me despedindo do hóspede com um sorriso seguido de um "tenha uma boa viagem" e jamais, nestes casos, um "volte sempre".
Este é o encanto da profissão: você jamais vai encontrar seu cliente chato novamente, pois se ele reclamou, xingou, berrou e maltratou os funcionários que o atenderam, ele NUNCA MAIS VAI VOLTAR! E garanto a você que as empresas turísticas não querem este cliente de volta.
É recompensador receber uma lembrancinha de viagem do seu cliente, uma gorjeta, um cartão postal ou uma foto que ele tirou com você. É gratificante receber elogios pelos seus préstimos e isto acontce no turismo! Seu chefe pode não reconhecer seu trabalho, mas seu cliente sempre será o seu termômetro.
Conhecer pessoas, novas culturas, novos hábitos, novas palavras e gírias, são algumas das vantagens de se trabalhar com turismo. Você jamais mais ficar milionário, mas garanto que também não vai morrer de fome... rsrsrs. Mas uma coisa eu tenho certeza: se você realmente escolheu a profissão consciente de todas as adversidades você será um profissional realizado.
Boa sorte e nos vemos por aí, num evento qualquer da área (são todos divertidíssimos, eu garanto).

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